Nem colchão, nem água potável. Um amontoado de 80 homens nus
dividindo espaço numa cela com fezes flutuando em poças de água e urina. Entre
eles, apenas uma bacia higiênica, esvaziada esporadicamente.Odor insuportável,
umidade excessiva, pouca ventilação. Esse foi o cenário com o qual um grupo do
Conselho Estadual de Direitos Humanos deparou na Penitenciária de Segurança
Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, em João Pessoa (PB), no último dia 28. Mas a violação
aos direitos humanos no PB-1, como é mais conhecido o presídio, não parou aí.
Responsáveis
por relatar as condições oferecidas pelo estado aos presos, os seis
conselheiros – entre eles, a ouvidora de Segurança Pública da Paraíba, uma
defensora pública, uma professora universitária e um padre – tiveram prisão
anunciada pelo diretor do presídio. Detidos por três horas e ameaçados de serem
conduzidos a uma delegacia de polícia, só foram liberados após a intervenção do
Ministério Público Estadual, que apontou abuso nas detenções.
Dez
dias depois do episódio, o major Sérgio Fonseca de Souza, responsável pelo
presídio e pelas prisões, continua na direção do PB-1. Mas sob intenso fogo
cruzado.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/paraiba-pb1-presos-fezes-direitos-humanos.html